segunda-feira, 12 de junho de 2023

Mãe se prepara por 14 anos para doar rim para filho

A notícia de que o filho de apenas 26 anos tinha sido diagnosticado com doença renal crônica, condição que o levaria a precisar de um transplante de rim no futuro, tirou o chão da analista de sistemas Célia Gil, em 2009. Naquele momento, aos 53 anos, ela dedicava boa parte do dia ao trabalho e levava uma vida social agitada.

A possibilidade de ser a doadora do rim que o filho precisava, mesmo que os médicos ainda não soubessem quando o transplante seria necessário, fez com que a mulher começasse uma jornada de autocuidado para preservar os seus órgãos. Desde então, passaram-se 14 anos até que o advogado brasiliense Daniel Gil, hoje com 41 anos, fosse submetido ao transplante. O procedimento ocorreu no último dia 4 de maio, no Hospital Brasília, do Distrito Federal.

“Era rueira, trabalhava o dia inteiro, saía muito e tomava todas. Depois que soube do caso do Daniel, mudei o meu ritmo de vida porque sabia que teria de estar muito bem para ser uma doadora. Passei a sair bem menos, comecei a evitar bebidas e alimentos gordurosos”, lembra Célia, que também é mãe de Marcelo, de 38 anos.

Os hábitos mudaram dentro de casa também. As refeições passaram a ser feitas com menos sal, e carne vermelha e refrigerantes viraram raridade. Mais legumes e verduras foram incluídos no cardápio da família, bem como sucos naturais. “Isso foi bom para todo mundo. Estão todos com as taxas boas”, conta Célia.

Ao longo dos últimos 14 anos, Célia perguntou repetidas vezes aos médicos se poderia ser a doadora do rim para o filho, mas eles explicaram que a resposta só viria quando Marcelo estivesse realmente precisando. “O agravamento de um quadro assim é lento, e os médicos diziam que não adiantava fazer exames de compatibilidade antes da hora. Pela minha idade, poderia desenvolver doenças que me tirariam da fila”, lembra a mãe

GRUPO CIDADÃO 

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